quinta-feira, setembro 28, 2006

death squad kills death

Novo esquadrão punk'n'thrash acústico ataca brevemente numa rua perto de ti!

segunda-feira, setembro 25, 2006

Alergia

O cheiro que me chega intenso
deriva arreliado da quase podridão
de livros onde apregoada, a liberdade
jamais aberta jaz estática
nas prateleiras das bibliotecas
vazias de movimentos faltos.

A poeira agora é adensada
não fosse essa mesma liberdade
condensada em horas mesquinhas
que furtam as demais alheias
numa cobiça incessante de luxos
almiscarados por sentidos vãos.

sexta-feira, setembro 15, 2006

Plural Zharpah no Myspace

terça-feira, setembro 05, 2006

Monomonkey "in danger"

Em perigo não será certamente como os Monomonkey se sentirão neste momento! É sim, o nome do primeiro trabalho sonoro que registaram e para o qual tive a honra de trabalhar. Participei como um grato e curioso comum que “agarra numa cobaia e com ela faz experiências até obter um produto minimamente satisfatório”. Foi mesmo um trabalho quase às cegas tanto para mim como para a restante banda pois a experiência que trazíamos para o trabalho a que nos propúnhamos era muito pouca ou praticamente nula. Senão veja-se! O vocalista e guitarrista Ricardo tinha alguma experiência de gravação de bateria nunca tendo gravado guitarra e voz mas conseguiu facilmente superar todos os “obstáculos”. O guitarrista Pedro nunca tinha gravado nada mas pareceu-me como peixe dentro de água (Ou seria outro líquido?! O que interessa não é a embalagem mas sim o conteúdo. Viva o rock’n’roll!!). O baixista David para além de ter pouco tempo de banda e nunca ter gravado nada foi um pilar muito importante na estrutura final. O baterista Bruno tinha já algumas pequenas experiências de gravação tanto de bateria como de voz trazendo essa pouca experiência em prol do trabalho de grupo. Eu nunca tinha gravado ou misturado nada mais a sério (tirando Canker mas com o apoio e dicas do Nuno Vilela), e o que fazia era quase a brincar (registo de ideias, essencialmente!). Nada então que nos conferisse o “know-how” suficiente para podermos fazer rapidamente um produto razoável... daí ter demorado mais tempo que o inicialmente estipulado! Esse tempo foi aumentando na proporção em que iamos sentindo o resultado a melhorar...
Tenho que admitir alguns erros da minha parte e alguns da parte da banda aos quais estive mais alheio e menos sensibilizado por ter pouca experiência (penso que o mesmo sentimento se aplica à banda). Foram erros pouco graves o que deu para trabalhar a “massa” de forma a se conseguir o que se conseguiu. Se os erros passam no resultado final poderei dizer que é muito por culpa da valência das músicas uma vez que nos transportam para grandes e bonitos ambientes aqui e ali relaxantes e até hipnóticos, salpicados de puro amor próprio e ao próximo, ao mesmo tempo que confere ao ouvinte uma textura auditiva muito apurada.
Resta-me agradecer à banda por se ter prestado a esta experiência com a qual aprendi bastante. Estou ciente de que a própria banda também saiu a ganhar! Ganhámos todos, então!!


High underground
To come alive
One yard race
Short string puppets
In danger


Produzido por Monomonkey e Phantas
Gravado e misturado por Sérgio Cardoso aka Phantas na oficina Plural Zharpah entre 07 de Maio e 31 de Agosto de 2006
Masterizado por Nuno Vilela em 01 de Setembro de 2006


Monomonkey no myspace. Temas já masterizados... ENJOY IT!

sexta-feira, setembro 01, 2006

Fôlego sucedâneo

Desce velha a rua na calçada engomada
qual musgo de cetim aveludado
por onde entre escuras paredes
escorrem tintas sombrias de formas surreais
salpicadas de um mosto que o abstracto pincel do tempo vai tecendo
como se insectos de uma mesma espécie
tivessem traçado elegantes casacos aos antigos transeuntes
que desceram aplicados na alimentada rua
lustrada de um vai e vem constante de passos rigorosos
amplificados pelas paredes de pedra imaculada
assaltada pelas janelas geométricas que a olhavam
vigorosas como se não fosse haver um amanhã.

Desce velha a rua no tapete húmido
reclusa da sua própria existência limitada
por não poder voltar ao lustre que lhe fora inerente
enquanto do alto a lua lhe pisca o possível suspiro do adeus final.

Um dia, toda a ruína será de novo
uma outra forma de ser ou de estar no concreto
uma outra sensibilidade ou entidade no abstracto
que renascerá do suspiro da ordem natural das coisas.